Febratex GroupSem categoria O potencial da indústria têxtil no Brasil e como investir6 min read

O potencial da indústria têxtil no Brasil e como investir6 min read

O Brasil é, atualmente, o quinto maior produtor têxtil do mundo. Composto por diversos polos de indústria têxtil, como o do Agreste Pernambucano, o do Ceará, o do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e o de Americana, em São Paulo. O país vem se aquecendo após um declínio resultante da crise econômica nos últimos anos.

Quer saber mais sobre a indústria têxtil no Brasil? Então, continue conosco! Separamos, neste post, tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

O desenvolvimento do setor nos últimos anos

Panorama

A indústria têxtil brasileira, que tem quase 200 anos de história, é especialista em moda praia, confecção de jeans e artigos domésticos. É, também, área de potencial crescimento dos segmentos de roupas íntimas e de ginástica.

É autossuficiente na produção de algodão, fabricando cerca de 9 bilhões de peças feitas com o insumo por ano, sendo dessas, 5 bilhões na área de vestuário.

É o quinto produtor de tecidos do mundo e o maior de todo o Ocidente. Também, ocupa as posições de quarto maior do mundo em produção de malhas e denim.

Em relação às empresas, agrupa cerca de 27 mil no mercado formal brasileiro. O investimento em educação na área também é um dos maiores do mundo, contando com mais de 100 escolas e faculdades de moda.

É o segundo gerador de primeiro emprego no setor, além de ser o segundo maior empregador no geral. São mais de 1 milhão de empregados diretos e 8 milhões de indiretos, sendo 75% de mão de obra feminina.

Economicamente, o Brasil ainda mais importa do que exporta, em uma proporção de 5 por 1. Conta com um faturamento de mais de 50 bilhões de dólares.

Pontos deficitários do setor

Nos últimos anos, devido às crises econômicas que assolaram o país, o Brasil acabou diminuindo seu espaço no mercado internacional de produtos têxteis. Para que esse cenário mude, é preciso que o país invista em automação e capacitação de mão de obra. Além da aproximação e acordos de comércio internacionais, com a intenção de ampliar o acesso das indústrias ao exterior.

Mesmo sendo autossuficiente na produção de algodão, o Brasil precisa criar um plano mais abrangente para se tornar o maior exportador global do produto. Essa é uma possibilidade que não está longe da realidade do país.

É preciso, também, que as empresas do ramo invistam em ferramentas de marketing, como os anúncios digitais, como forma de alavancar o conhecimento do público diante de novos produtos. Falando em produtos, há de se melhorar a sua prestação e, também, dos serviços, diminuindo a quantidade de reclamações no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Como ponto positivo, estudos na área indicam que o e-commerce tem possibilitado o aumento da atuação da indústria têxtil no marketing digital, seja na busca por compras online ou por consultorias de estilo. Essa realidade tem invadido as classes B e C, o que é um grande índice de crescimento econômico e social.

Outro problema está no desperdício do potencial de reciclagem dos tecidos. São jogadas no lixo, em média, por ano, 170 mil toneladas de resíduos do produto. Muito dessa enorme quantidade poderia ser reciclada, tendo como consequência a geração de renda e a diminuição de gastos de cerca de 5 milhões de dólares em importação de resíduos equivalentes.

O investimento em sustentabilidade na indústria têxtil brasileira ainda tem muito a melhorar. Além da reciclagem de resíduos de tecidos, é preciso ter atenção, também, aos gastos com água e energia.

Perspectivas de crescimento para 2019

Para que haja crescimento na indústria da moda neste ano, é preciso deixar de lado a tradição, pois muitas das regras antigas não funcionam mais. A prioridade deverá ser a agilidade proporcionada pelas plataformas digitais, além do investimento em accontability e sustentabilidade.

O crescimento em 2018 foi alto, recuperando o declínio ocorrido entre os anos de 2013-2017. Em 2019, a perspectiva de crescimento será um pouco menor. A China, maior rival do Brasil em termos de importação e exportação têxtil, deve ultrapassar os Estados Unidos neste ano.

Veja, abaixo, a lista de tendências do mercado da moda em 2019, que valem para o Brasil e o mundo, definido pela The State of Fashion:

Exploração das plataformas digitais

Os pontos físicos estão entrando em um período de transformação. A preferência dos clientes está indo para o lado do e-commerce e plataformas online de consumo, como, até mesmo, as redes sociais.

Transparência

As exposições de dados, que antes eram exclusividade das áreas internas da empresa, são essenciais na atualidade. É preciso deixar o cliente a par das informações ligadas ao custo-benefício e responsabilidade social.

Preferência às causas ambientais e sociais

É preciso que haja a eliminação do trabalho em más condições nas indústrias, por exemplo.

Estabelecimento de relações comerciais

Os laços entre as marcas deverão ser mantidos e investidos. Isso deve ser ainda mais forte com a abertura do mercado sul-africano.

Expansão do mercado indiano

Apesar de a China vir a ultrapassar o mercado norte-americano da indústria têxtil, a Índia será a grande revelação de 2019.

Cautela nos investimentos

Como o crescimento na área será mais tímido neste ano, é importante que haja prudência nos investimentos. A compensação estará em buscar novas oportunidades para suprir qualquer possível déficit.

Desapego de produtos têxteis

O desapego e o minimalismo são tendências cada vez maiores entre os consumidores. É preciso que as empresas se atentem quanto a isso.

Agilidade nos prazos

A adoção de períodos mais curtos entre a compra e a venda é uma exigência do cliente atual.

Renovação das marcas

De forma a acompanhar as mudanças da atualidade. A regra é clara: quem não muda fica para trás.

Just in time

É preciso que as empresas invistam na produção sob demanda, de forma a acompanhar a sociedade na era da instantaneidade de informações.

Portanto, o Brasil é um país forte na indústria têxtil. Contudo, há muito o que melhorar para se tornar uma potência ainda maior na área. Com o investimento na modernização de técnicas, transparência e sustentabilidade, tem tudo para atingir os primeiros lugares do mundo a longo prazo.

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