Mesmo com variações, índices mostram resiliência do setor moveleiro3 min read
Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
Os desafios que se apresentaram nos últimos cinco anos ao mercado como um todo, especialmente ao setor moveleiro, estão sintetizados no amplo estudo lançado pelo IEMI. O levantamento é ferramenta indispensável para projeções dos negócios.
O setor de móveis, no Brasil e no mundo, passou por um período de ajustes após os significativos e variados impactos verificados no período entre 2020 e 2022. O IEMI – Inteligência de Mercado, juntamente com a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), acompanhou muito de perto os desafios enfrentados pela indústria.
Com levantamento abrangente, estas duas referências quando o tema são os dados conjunturais e específicos sobre o setor, trazem a análise referente a 2023, balizada pelos dados dos últimos cinco anos. Os resultados estão sintetizados no Relatório Brasil Móveis 2024.
Papel crucial da indústria moveleira na cadeia produtiva
Com especial relevância no setor produtivo, a indústria de móveis no Brasil figura como protagonista na cadeia produtiva da madeira. Ao mesmo tempo, o segmento tem participação crucial na ampla rede de varejistas deste mercado. Sejam pontos de venda especializados ou lojas de departamento, o amplo segmento de varejo tem a indústria nacional como principal fonte de abastecimento.
Produção, investimentos e desempenho das exportações em 2023
Dentro deste panorama, importante ressaltar que a indústria nacional de móveis está representada por 21,7 mil unidades produtivas em atividade, segundo os dados consolidados em 2023 no levantamento do IEMI.
Os números indicados pela pesquisa justificam a participação do Brasil como o maior produtor de móveis latino-americano e o sexto no competitivo contexto global.
Trata-se de um segmento da indústria que, em 2023, investiu R$ 1,2 bilhão em seu parque de produção, atingindo uma produção de 405 milhões de peças.
As vendas externas atingiram a marca de US$ 735,4 milhões, com queda de 11,5% em relação ao ano anterior. No entanto, se comparado ao ano de 2019, o resultado corresponde a uma alta de 14,2%. Os analistas do IEMI salientam que os índices comprovam a resiliência do setor moveleiro nacional, mesmo diante das variações anuais.
Análise da balança comercial do setor de móveis
As importações brasileiras, por sua vez, chegaram a US$ 234,4 milhões em 2023, com aumento de 22,2% sobre a marca do ano anterior. Na comparação com 2019, o resultado significa aumento de 4,3% nos valores importados.
Importante observar os dados referentes à balança comercial brasileira de móveis prontos e colchões que, em 2023, registrou saldo positivo de US$ 500,9 milhões. Apesar do registro notável, o resultado ficou 21,6% aquém em comparação com o ano anterior, quando o saldo foi de US$ 638,8 milhões.
Mais uma vez importante ressaltar que, diante dos números alcançados em 2019, o total atingido em 2023 demonstra um crescimento de 19,5%, confirmando a capacidade de reação deste segmento industrial.
Comparações e perspectivas futuras
Com análises estatísticas detalhadas e indicadores atualizados, o presente relatório constitui uma ferramenta indispensável para todos os envolvidos na cadeia produtiva do setor de móveis. A publicação visa munir e inspirar os empresários em seus planos para dar impulso aos negócios, visando ao crescimento sustentável.
Para obter dados completos sobre a evolução do setor moveleiro no Brasil e no mundo, acompanhando a performance de toda a cadeia produtiva, acesse o Relatório Brasil Móveis 2024, o site iemi.com.br/moveis ou fale diretamente com um consultor IEMI.