Estofados contribuem para desempenho do setor moveleiro3 min read

A indústria moveleira no Brasil, que ocupa a 27ª posição no cenário mundial em exportações, busca seu ponto de equilíbrio. É o que aponta pesquisa sobre o Mercado de Móveis em Geral realizada pelo IEMI – Inteligência de Mercado.

Em recente artigo aqui publicado, vimos que a estimativa de crescimento em 2023, no Brasil, para o setor de móveis e colchões é de 0,3%. Neste sentido, a avaliação dos especialistas do IEMI mostra a tendência do setor a uma recuperação pós-pandemia.

Portanto, há expectativa positiva para 2023, apesar de os números registrados terem sido de queda, em produção e vendas, nos últimos cinco anos. Tal desempenho está, sem dúvida, relacionado à crise sanitária da Covid-19.

Estofados também se destacam

Embora os móveis para dormitório sejam os itens detenham o primeiro posto no ranking da produção nacional, representando 34% do volume de peças fabricadas, os jogos de sala também merecem atenção. 

Os estofados correspondem, por exemplo, a 11% da produção nacional do setor, sendo que, em 2022, foram fabricados quase 40 milhões de unidades. O resultado de 2022 foi, no entanto, 9% inferior ao alcançado em 2021, quando as indústrias produziram 43,8 milhões de unidades.

Nota-se, nessa perspectiva, que o desempenho do segmento de estofados acompanhou o movimento de queda de 9% também registrado pelo mercado de móveis como um todo no mesmo período.

Desempenho do setor moveleiro

Dentre as linhas do segmento de estofados, o destaque é para os sofás de dois e três lugares. Juntos, estes artigos representam 62% da produção de estofados. Já dentro do mercado de móveis em geral, é de 3% a fatia correspondente a estes produtos.

Quanto ao desempenho, o volume fabricado destes estofados caiu 7,5% em 2022 em relação a 2021. Mesmo assim, a queda foi menor do que aquela registrada pelo setor de móveis em geral, que foi de 9%.

Mapa da produção

Com pólos produtores no Sul, Sudeste e Nordeste, o setor moveleiro nacional tem como destaques as regiões de Bento Gonçalves (RS), Ubá (MG) e Arapongas (PR). Juntos, estes pólos responderam, em 2022, um volume de 137,8 milhões de peças produzidas, o que corresponde a 38% da produção nacional.

A cifra, no entanto, significa um decréscimo de 11% no volume de produção destes núcleos de fabricação. O dado mostra que a queda nos três grandes pólos é superior à do mercado de móveis brasileiro em geral, que foi de 9% no mesmo exercício. Segundo os dados do IEMI, entre os três, o pólo moveleiro de Ubá foi o que registrou a maior queda (17%), gerando maior impacto no resultado.

Momento de retomada

A indústria moveleira no país registrou crescimento em suas transações comerciais nos últimos anos. Entre 2018 e 2021, o valor total comercializado aumentou de R$ 57,9 bilhões para R$ 68,0 bilhões, demonstrando um período de expansão. No entanto, em 2022, houve uma leve queda, com as cifras caindo para R$ 65,5 bilhões.

Importante destacar que as exportações tiveram um papel representativo neste cenário, mostrando um aumento tanto em volume como em valores. Em 2018, a indústria moveleira local realizou negócios no valor de US$ 617,8 milhões com diferentes mercados mundiais. Este montante aumentou para US$ 626,0 milhões em 2019.

O ano de 2020 foi de queda nas vendas externas, com um total de US$ 610,7 milhões em móveis exportados. No entanto, o setor recuperou-se em 2021, alcançando um faturamento de US$ 914,5 milhões.

Ainda que em 2022 as exportações tenham registrado uma ligeira diminuição, o valor se manteve relevante, atingindo US$ 810,2 milhões.

Os números revelam que as exportações atuam como alavanca de crescimento da indústria moveleira no País. O setor tem ampliado a presença em mercados internacionais, consolidando-se como um participante competitivo no cenário global.

Para mais informações e oportunidades oferecidas pela indústria moveleira nacional, acesse o Estudo Mercado de Móveis em Geral 2023 e o site iemi.com.br/moveis.

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