Conheça a história da moda brasileira6 min read
O Brasil é um país dito “tropical”, com uma variedade de culturas e tradições, entre elas o modo de se vestir. É perceptível que as tendências mundiais têm, sim, uma certa influência nas vestimentas brasileiras, mas as diversas regiões sempre aderem a detalhes bem locais às vestimentas.
De um modo mais geral, os brasileiros gostam de se vestir com mais cores, sobretudo na região Nordeste e Rio de Janeiro. Já em São Paulo, por exemplo, as pessoas aderem às roupas mais sociais e clássicas.
Seguindo essa linha de pensamento, preparamos este post para falar sobre a história da moda brasileira. Deseja conhecer mais a fundo? Então, continue a leitura e confira!
Como algumas culturas influenciaram a moda brasileira?
A moda brasileira foi e tem sido influenciada por diversas culturas, onde cada uma teve a sua maior atuação em períodos históricos distintos. Por isso, estabelecemos uma breve história sobre a marca dessas culturas na formação da moda brasileira.
Período Colonial
A moda brasileira tem a sua formação diretamente relacionada com o período colonial, pois foi o início da vida de imigrantes no país, trazendo consigo os seus costumes e tradições. Diante disso, é possível afirmar que a forma do brasileiro se vestir tem forte influência dos negros africanos, europeus e nativos indígenas.
Em uma terra onde os nativos andavam nus, os imigrantes europeus trouxeram consigo uma cultura em que as suas vestimentas tinham como finalidade classificar e identificar as classes sociais, demarcando de forma indireta as origens de cada um e contribuindo para a formação de uma complexa dinâmica social.
Essa visão foi obtida por meio de relatos de religiosos, governantes portugueses e viajantes europeus que nos trouxeram o modo de vestir dos habitantes da Colônia.
A grande parcela mais abastada da sociedade passou a adotar da indumentária como forma de marcar a distância em relação ao corpo social mais pobre, como os escravos.
O Estado e os moralistas da Igreja, que agrupavam para o intuito da busca do “bem público”, condenavam a vaidade, a ostentação e o luxo.
Império
Em 1808, com a chegada da Família Real e com a consequente abertura dos portos às “nações amigas”, o Brasil foi abarcado por diversas mercadorias importadas, principalmente advindas da Inglaterra. É importante destacar que a moda masculina, nesse período, foi dominada pelos comerciantes ingleses. Já as mulheres aderiram à moda francesa.
Os brasileiros que eram dotados de melhores condições financeiras adquiriram hábitos de fazerem compras nas ruas chics do Rio de Janeiro, como a rua Direita e do Ouvidor. Dessa maneira, inúmeros forros e escravos foram trabalhar nesse tipo de comércio de luxo, aprendendo novas metodologias e manhas que contribuíram para que futuramente eles abrissem os seus próprios negócios.
Ademais, é válido salientar que a corte de D. Pedro II era muito austera e pouco evidenciada nos eventos sociais, o que configurava uma personalidade própria do Imperador. Porém, a elite, nesse período, fazia de tudo para se impor e se mostrar elegante e opulenta.
Com efeito, as mulheres compravam vestidos de tecidos nobres, chapéus, joias, luvas e entre outros acessórios. Os homens investiam em trajes baseados em calças e casacas escuras, cartolas, relógios, bengalas, luvas e lenços.
República
Com o advento da República, no de 1889, devido às mudanças provenientes no século XX, os brasileiros começaram a utilizar roupas mais práticas e leves. A exemplo disso, tivemos a garantia de alguns direitos para as mulheres, o que possibilitou uma certa liberdade, como trabalhar fora.
Consequentemente, as roupas que utilizavam dentro de casa já não mais eram adequadas a sua nova realidade, logo, as roupas passam a ser mais curtas e justas, uso de decotes e botas até os tornozelos. Os chapéus e as luvas eram acessórios de obrigatoriedade para todos os tipos de classes sociais, assim como os espartilhos.
Dias atuais
De acordo com a conquista de direitos e com as grandes revoluções, a liberdade tomou o seu espaço nos mais diversos âmbitos, e entre eles: a moda.
Por isso, sobreposições em um look, adotando a combinação de diversas cores e proporções, vestimentas com muita estampa e diversos outros aspectos se fizeram e fazem presentes nos dias atuais.
Muito se fala sobre a cultura brasileira nas inúmeras hipóteses e tentativas de tentar defini-la em um breve conceito compacto. Porém, como já foi explícito anteriormente, suas origens remontam a uma mistura muita diversa, o que dificulta estabelecer um ponto de partida fixo para esse desenvolvimento.
Além da nossa própria identidade nacional, fatores estrangeiros se fizeram presentes na construção da moda brasileira. É importante destacar que, tal como retratou Darcy Ribeiro, em “O Povo Brasileiro”, as matrizes formadoras da cultura brasileira são: africana, indígena e portuguesa. Hoje, ainda notamos a presença de cada uma na moda brasileira.
Hoje, no século XXI, a moda estabelece no mundo com dois conceitos: “nada se cria, tudo se copia” e “a moda vai e vem”. Isso acontece devidos aos looks que antes eram muito utilizados voltarem a ser tendência. Conforme alguns especialistas, atualmente nós vivemos em âmbito de liberdade, onde a qualidade de vida são pontos prioritários na vida cotidiana dos brasileiros.
Dessa maneira, contrariamente ao que era imposto no passado, a moda está mais democrática, aderindo a estilos muito variados, a fim de, sobretudo, adequar ao padrão individual.
Outro ponto muito atual da moda é a customização, ou seja, significa pegar uma peça de roupa que já não era mais usada e dar um novo “visual” a ela. Além do mais, os brechós começaram a ganhar espaço, desenvolvendo um pensamento mais sustentável, o que reflete consideravelmente na forma de consumo e na moda.
Portanto, se notam os principais aspectos de mudanças referentes ao que existia desde o período colonial até os dias atuais. Aspectos como a liberdade de expressão foram pontos cruciais para o desenvolvimento eficaz de novas formas de moda.
Ademais, isso contribuiu muito para o bem-estar social, uma vez que com a diversidade em voga, as classes que antes eram menos favorecidas, começaram a ter acesso à moda, de forma a garantir a sua particularidade, sem ferir os seus direitos e as suas condutas.
Resumindo, abordamos, neste post, os principais pontos construtivos para a atual moda vigente no Brasil, demonstrando a participação individual de cada período histórico.
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