Moda infantil e bebê exige posicionamento das empresas3 min read
Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
O momento para o mercado de moda infantil e bebê é de busca de equilíbrio. Apesar do crescimento de 3,4% em valores nominais de faturamento, o volume de produção apresenta queda em 2023, gerando desafios e oportunidades para os players do segmento.
A moda infantil, enquanto negócio, apresenta contornos bem delineados no Brasil e em mercados consolidados ao redor do mundo. No entanto, os impactos – sobretudo os causados pela pandemia – deixaram marcas e o setor trabalha para recuperar resultados.
De forma geral, o movimento no segmento acompanha a performance da indústria de vestuário em geral, como mostra o Estudo Mercado Potencial de Moda Infantil e Bebê no Brasil 2024, que acaba de ser lançado pelo IEMI – Inteligência de Mercado.
O amplo levantamento indica que, com dados consolidados de 2023, a moda infantil obteve no Brasil a marca de RS 31,2 bilhões de faturamento, o que significa um aumento de 3,4% em valores nominais.
O setor congrega 5,9 mil unidades de produção, o que significa que, com dados de 2023, houve aumento de 7% no número de empresas. Este dado, segundo os analistas do IEMI, corresponde às confecções com escala industrial, não incluindo oficinas de costura, lavanderias industriais, bordadeiras e artesãos.
Já o número de trabalhadores deste segmento apresentou queda de 2,9% em 2023, chegando a 312 mil pessoas ocupadas.
Produção e consumo
As confecções brasileiras atingiram a marca de 1,2 bilhão de peças em 2023, número que é 4% inferior ao registrado em 2022. Já as importações subiram 15,7%, chegando a 145,3 milhões, para atender à demanda interna. Apesar dos números, o consumo interno de 1,3 bilhão de peças em 2023 ficou 2,1% abaixo do registrado em 2022.
Os dados referentes às unidades produtivas de vestuário têm apresentado, segundo analistas do IEMI, decréscimo no Brasil desde 2021. Importante ressaltar que o impacto sobre o desempenho tem grande relação com a ocorrência da Covid-19 no período. Entre 2019 e 2023, a queda registrada foi da ordem de 0,5% no período.
As regiões Sul e Sudeste concentraram, juntas, 81,3% do total produzido em 2023. Em 2019, porém, a concentração correspondente à soma das duas regiões era de 79,6%.
O levantamento do IEMI também mostra que em todas as regiões verificou-se queda no volume de produção em 2023, quando comparado a 2019. O maior desempenho negativo se deu no Centro Oeste, com 29% de queda.
Linhas e produtos em destaque
A análise da produção da moda infantil e bebê mostra que roupas de estilo casual corresponderam a mais da metade do total fabricado em 2023. No ano anterior, as unidades produtivas do setor disponibilizaram mais de 1 bilhão de peças.
Em termos de volume de produção, os segmentos em destaque dentro da moda infantil e bebê são: casual, meia, roupas esportivas e roupa para dormir.
Estes e outros dados relevantes estão no Estudo Mercado Potencial de Moda Infantil e Bebê 2024 e acesse o site iemi.com.br/vestuario.