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Relatório Setorial Brasil Têxtil aponta alta no consumo de fibras têxteis em dez anos3 min read

Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.

Uma visão panorâmica do setor de têxteis e de confeccionados, trazida pelo Relatório Setorial produzido pelo IEMI, evidencia especial aumento no consumo de fibras têxteis, artificiais e sintéticas, na última década.

Está disponível a mais recente edição do Brasil Têxtil – Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira, produzido e editado pelo IEMI – Inteligência de Mercado, com apoio institucional da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e do Senai CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil). Trata-se da 23ª edição do estudo, com principais informações setoriais referentes às dimensões e ao desempenho da indústria têxtil e confeccionista nacional.

Com dados que apontam o ritmo da indústria do setor em nível nacional e global, o Relatório mostra, por exemplo, os números referentes ao consumo mundial de fibras têxteis a partir da década de 1950 até hoje. No período entre 2013 a 2023, o levantamento do IEMI revela um crescimento à taxa média anual de 3,9%, na soma entre fibras químicas e naturais

De maneira mais específica, o estudo indica que o consumo de fibras naturais cresceu a uma taxa de 4,1% ao ano. Já o consumo de fibras químicas atingiu crescimento médio anual de 3,3% neste intervalo de dez anos. 

Panorama Brasil

Segundo dados do Relatório, em 2022, a cadeia têxtil gerou cerca de R$ 193,2 bilhões em negócios. Esta cifra equivale a 6,6% do valor total da produção da indústria brasileira de transformação. Neste ranking não se incluem as indústrias de extração mineral e da construção civil. 

Mesmo assim, os dados da produção nacional são pra lá de expressivos, considerando a diversidade de produtos gerados pela indústria de transformação local. A este ranking se inclui a indústria de bens duráveis (como a automotiva) e a de linha branca (geladeiras, lavadoras, etc.), que contam com alto valor agregado. 

Em 2022, os empregos gerados pela cadeia têxtil totalizaram cerca de 1,3 milhão de novas vagas preenchidas. A cifra representa 18,2% do total de trabalhadores alocados na produção industrial durante o período. 

Contexto global

O quadro geral da produção mundial de têxteis em geral revela que o Brasil está entre os expoentes na fabricação de produtos. Configura-se também como um dos maiores consumidores desta ampla categoria de artigos. 

Com faturamento da ordem de US$ 4,57 bilhões em exportações, em 2022, o setor de têxteis em geral ocupa o 11º na lista dos países exportadores. Em vestuário, têxteis para o lar e outros artigos confeccionados, as exportações brasileiras chegaram a US$ 273 milhões no mesmo ano (78º posto). Na soma, o País faturou US$ 4,84 bilhões, detendo apenas 0,5% do movimento global de negócios neste setor, ficando em 31º lugar.

O ranking é liderado pela China, com US$ 105,80 bilhões em exportações com têxteis; US$ 217,80 bilhões em exportações de artigos de vestuário e têxteis para o lar, para um faturamento total de US$ 323,61 bilhões em 2022. Os números colocam a China na dianteira, com a fatia de 35,6% das exportações de têxteis e confeccionados. 

Os analistas do IEMI observam que, pelas características apresentadas, o Brasil se enquadra claramente no perfil de país “produtor-consumidor”. Isto é, a indústria nacional produz o suficiente para o abastecimento do mercado local, com pouca margem para as exportações.

Acesse o Brasil Têxtil 2023 – Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira bem como o site iemi.com.br/vestuario para obter os dados de desempenho da cadeia têxtil e de vestuário. 

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