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Roupas profissionais: retomada com volta ao trabalho presencial2 min read

Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.

O segmento de roupas profissionais foi retornando à normalidade com o fim da pandemia e o retorno do modelo presencial de trabalho, reaquecendo consumo.

O mercado brasileiro de roupas profissionais vem em crescimento, ainda que em ritmo bastante moderado. De certa forma, acompanha o desempenho da área de vestuário em geral, como mostra o mais recente levantamento Mercado Potencial de Roupas Profissionais no Brasil 2024, lançado pelo IEMI – Inteligência de Mercado.

O faturamento do setor foi de R$ 7,8 bilhões em 2023, o que representa aumento de 8,1% em relação ao exercício anterior, em valores nominais. O dado é importante, considerando o fraco desempenho anterior, causado pela pandemia. 

Trabalho presencial e a roupa profissional

O segmento de roupas profissionais, que representa 6% do total das indústrias de vestuário, também registrou crescimento no número de unidades produtivas. Em 2023, o efetivo contabilizado foi de 1,2 mil confecções, ou 11,5% a mais do que em 2022. 

A volta ao trabalho presencial, ainda que muitas empresas mantenham o modelo híbrido, com alternância do on-line, contribuiu para impulsionar o consumo de roupas profissionais. Em 2023, o Brasil produziu 190 milhões de peças, com pequeno aumento de 0,4%.

O salto significativo, porém, está no campo dos importados. Foram 2,3 milhões de peças trazidas do interior, ou 124,3% a mais do que no ano anterior. A soma da produção e da importação mostra que o mercado interno consumiu 191 milhões de peças, sendo 1% a mais do que em 2022.

As exportações, por sua vez, não desapontaram. Ao contrário, a indústria nacional exportou 42,8% a mais, com 218 mil peças vendidas ao exterior. 

Evolução em cinco anos

Entre 2019 e 2023, a produção de peças de roupas profissionais encolheu 13,6%. Em termos de faturamento, o movimento também foi de ligeira queda: 3,7% no mesmo período, em valores nominais.

Com isto, a representatividade das roupas profissionais, dentro do vestuário em geral, passou a ser de 3,8% em termos de volume, e de 4,9% em valor da produção.

O reflexo da crise sanitária foi bastante perceptível na linha de produção. Quando feita a comparação do total produzido em 2019 e em 2023, a queda foi de 13,6% em volume de peças.

Camisas e blusas, são os produtos mais comercializados dentro da categoria de roupas profissionais. E justamente estas peças que, em volume fabricado, registraram queda de 16,5% no período de cinco anos. Assim, em vez da fatia de 32% (2019) dentro do mix de roupas profissionais, detiveram 30,9% em 2023.

Dados importantes sobre o segmento, tais como a variação de valores e volumes de produção, preço médio das roupas e distribuição da produção pelos diferentes polos do país estão na pesquisa Mercado Potencial de Roupas Profissionais no Brasil 2024 e no site iemi.com.br/vestuario.

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