Tecidos planos e malhas buscam recuperação no segmento de uniformes2 min read
Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
Segmento com características próprias e muito específicas, o vestuário de roupas profissionais apresenta leve recuperação no quesito do consumo de tecidos planos e malhas hoje, comparativamente o período da pandemia.
O mercado de roupas profissionais é um segmento bastante atraente dentro da indústria têxtil e da confecção. O Estudo do Mercado Potencial de Roupas Profissionais no Brasil, recentemente lançado pelo IEMI – Inteligência de Mercado, fruto de amplo trabalho de pesquisa, mostra que o desempenho do setor nos últimos cinco anos foi de leve crescimento. Nada, porém, de excepcional, mas apenas acompanhando o ritmo do mercado de vestuário em geral.
O impacto da pandemia foi certeiro sobre o setor, que dependeu do retorno ao trabalho presencial para a demanda por uniformes e roupas corporativas voltar a ocorrer. Com crescimento de 8,1% no faturamento, que chegou a R$ 7,8 bilhões em 2023, em valores nominais, e de apenas 0,4% no volume de peças produzidas (totalizando 190 milhões no mesmo ano), o segmento de roupas profissionais agora representa 3,8% do total de peças fabricadas pela indústria de vestuário e 4,9% do valor da produção.
Insumos da produção
O levantamento produzido pelo IEMI aponta que, entre 2019 e 2023, o consumo de tecidos planos e malhas na produção de peças de roupas deste segmento registrou recuo de 14%. O volume de tecidos planos usado na fabricação destas peças foi de pouco mais de 94 mil toneladas, em 2019, momento pré-pandemia. Já em 2023, o número registrado passou de 81 mil toneladas, o que representa queda de 13,8%.
As malhas, em ambiente corporativo, têm menor representatividade, comparativamente o consumo dos artigos planos. Em 2019 o consumo por parte da indústria da confecção foi de algo em torno de 12 mil toneladas, baixando para 10,4 mil toneladas em 2023, com recuo de 15,5%.
Camisas masculinas e blusas femininas são os principais itens no ranking dos itens de vestuário profissional. Nos últimos cinco anos, marcados pela crise sanitária, não poderia ser diferente: a queda foi de 16,9% na produção.
Calças e macacões são outras peças representativas dentro do segmento, e também registraram queda: menos 15% (calças) e 23% (macacões). O dado surpreendente da pesquisa IEMI é o de que aventais e jalecos tiveram crescimento de pelo menos 3% na produção, resultado condizente com as necessidades da área da saúde durante a crise da Covid 19.
O Estudo do Mercado Potencial de Roupas Profissionais no Brasil 2024, realizado pelo IEMI traz estes e muitos outros dados sobre o setor. Informações que dão uma visão panorâmica deste segmento da indústria, tornando possível disponibilizar recursos de forma assertiva, minimizando riscos e impactos possíveis dentro da atual realidade. Para isto, acesse a página sobre a Pesquisa ou o site iemi.com.br/vestuário.