Varejo de vestuário avança em número de lojas físicas3 min read
Por Eleni Kronka – jornalista, pesquisadora e editora de conteúdo.
O varejo nacional de vestuário já ultrapassou o período pré-pandemia, pelo menos no quesito de números de estabelecimentos físicos. No cômputo das vendas, as redes lideram o ranking, com especial participação das lojas do tipo mono e multimarcas.
As expectativas para o varejo de vestuário no Brasil vão além de especulações. A construção do arcabouço de dados realizada pelo IEMI – Inteligência de Mercado é alicerçada pelo estudo sobre os Canais de Varejo de Vestuário 2024 que parte do período pré-pandemia, chegando aos números consolidados de 2023.
O varejo físico continua sendo o grande catalisador de negócios, tendo movimentado um total de R$ 254,2 bilhões durante todo o ano de 2023. São números que sinalizam movimento de recuperação, ainda que modesta, da ordem de 3,8% sobre o exercício anterior.
O levantamento do IEMI mostra que há no país 154,8 mil pontos de venda físicos especializados para a comercialização de artigos de vestuário em geral. Em faturamento, estes estabelecimentos representaram 91,2% de toda a movimentação verificada no ano passado em valores nominais.
Reação incontestável do e-commerce
O processo de comercialização em geral não é mais o mesmo desde 2021. As vendas por meio de plataformas digitais crescem em escala, atingindo o percentual de 17,2% em valores somente em 2023. Isto é, para as 531 milhões de peças comercializadas pelo meio digital, o faturamento equivaleu, no ano passado a R$ 24,6 bilhões. Assim, as vendas on-line corresponderam a 8,8% do total registrado em valores nominais.
Número de PDVs já supera a pré-pandemia
Outro sinal de recuperação, ainda que discreta, se manifesta no cálculo dos números de estabelecimentos. Enquanto em 2019 o total era de aproximadamente 144 mil, em 2021 o setor atingiu o seu ponto mais baixo, com 130,2 mil lojas especializadas no segmento.
No ano passado, a reação positiva dentro do setor, no entanto, foi de 7,6%, comparativamente a 2019.
Perfil de lojas versus potencial de distribuição
Para efeito de estudo, o IEMI considera os pontos de venda agrupados nos seguintes segmentos: lojas de departamento especializadas (tais como Renner, Riachuelo, C&A, Marisa, etc.); lojas independentes (mono e multimarcas, tais como Iódice, Hering, Dorinhos, etc.); butiques e lojas de bairro; redes de lojas não especializadas (Americanas, Pernabucanas, etc.) e hipermercados (Carrefour, Extra, etc.).
O estudo que o IEMI acaba de lançar sobre o desempenho do Varejo de Vestuário sinaliza que as lojas independentes lideraram as vendas de artigos de vestuário em 2023, seja em volume de peças, seja em valores.
A seguir vieram as lojas de departamento especializadas, acompanhadas pelas redes de monomarcas e multimarcas. O IEMI em seu estudo destaca ainda que estes três segmentos respondem por 58,1% da receita do varejo de moda.
Para obter detalhes sobre a evolução de cada um dos canais de vendas do varejo de moda no Brasil, acesse o estudo sobre os Canais de Varejo de Vestuário 2024, o site iemi.com.br/vestuario ou fale diretamente com um consultor do IEMI – Inteligência de Mercado.