Empresas e instituições brasileiras, expositoras da Febratex, são destaques no desenvolvimento de tecnologia antiviral em tecidos2 min read
Em meio à pandemia de covid-19, que já atinge todos os estados do Brasil, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT – vem reunindo parceiros no combate à disseminação do vírus.
O projeto consiste no desenvolvimento de têxteis funcionais com propriedades antivirais e já conta com pesquisas e testes de eficácia realizados pela Bio-Manguinhos/Fiocruz, organização das mais gabaritadas no país, para este fim. A expectativa é que sejam produzidas 600 mil peças por mês, entre máscaras, aventais e scrubs, que contarão com compostos químicos que já conseguiram inativar os vírus do sarampo e da caxumba em testes. A observação da eficácia em relação ao novo coronavírus (SARS-CoV-2) está em execução e terá seus resultados divulgados até o final de junho deste ano. Desde março, equipes com médicos, microbiologistas, engenheiros têxteis, de materiais e químicos, trabalham no desenvolvimento da solução.
“A plataforma de inovação em fibras trabalha em soluções inovadoras que envolvem o mapeando de matérias-primas alternativas, o desenvolvimento de novas formulações para funcionalização de antivirais em substratos têxteis e ajustes de processo aplicação. Temos o apoio do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e de Confecção na produção de protótipos de itens hospitalares. A Bio-Manguinhos/FIOCRUZ é um parceiro importante em nosso desenvolvimento para determinação antiviral no artigo têxtil”, afirma Adriano Passos coordenador da plataforma de Fibras do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, organização integrante do SENAI CETIQT.
A Bio-Manguinhos está testando, experimentalmente, a ação antiviral do tecido em seu Laboratório de Tecnologia Virológica (LATEV). Segundo a chefe do laboratório, Sheila Maria Barbosa de Lima, os estudos foram iniciados usando como modelo outros vírus de transmissão respiratória, como os de sarampo e caxumba, agentes biológicos que podem ser manipulados em laboratório com Nível de Biossegurança 2 (NB-2) e que possuem modo de transmissão semelhantes ao Sars-CoV-2. A equipe das pesquisadoras Adriana Azevedo e Waleska Schwarcz está conduzindo os ensaios e declaram que: “Até o momento, os resultados alcançados são promissores e a expectativa é que em curto prazo seja comprovada a ação antiviral também contra o novo coronavírus”, conclui a chefe do Laboratório.
O projeto é financiado com recursos do Edital de Inovação para a Indústria (SENAI) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
FONTE: O FLUMINENSE