O que é tecnologia wearable e por que preciso ficar de olho nela?6 min read
A transformação digital e as inovações da Indústria 4.0 estão afetando tanto os modos de produção quanto o relacionamento das pessoas com suas roupas. Aliás, na moda uma tendência vem ganhando cada vez mais força: a tecnologia wearable.
Incorporada ao dia a dia, a inovação que surge com essas tecnologias vestíveis apresenta um potencial significativo. Isso acontece a partir do momento que acessórios tradicionais como óculos, relógios, bolsas, entre outros, ganham nova função e passam a ser, também, dispositivos eletrônicos.
Dessa forma, a função dos acessórios é ampliada para além das características estéticas. Por isso, os gadgets vestíveis são capazes de adornar, mas também facilitam a rotina, ajudam no controle de tarefas e contribuem para o acompanhamento da saúde física e mental.
Mas o que isso significa? Há um grande potencial para a expansão das possibilidades da tecnologia wearable e da tecnologia da informação (TI) como ferramenta de moda. Quer entender melhor? Confira neste post como o conceito é encontrado na indústria têxtil e descubra como ele vai, cada vez mais, ser incorporado ao mundo fashion!
O que é a tecnologia wearable?
As novas tecnologias podem ser encontradas em todos os elementos e esferas. Por isso, não seria diferente no universo da moda. É crescente o número de produtos e acessórios vestíveis e inteligentes que são apresentados ao mercado e incorporados à rotina de homens, mulheres e crianças.
Um dispositivo wearable nada mais é que um produto tecnológico utilizado acoplado ao corpo humano. Alguns exemplos, como citado anteriormente, são os óculos, relógios e bolsas, mas também podem existir fones de ouvido, peças de roupa, calçados, entre outros itens. Todos eles têm a sua função ampliada ao serem conectados com smartphones ou mesmo ao possibilitarem o acesso direto à rede de internet.
2 principais funções da tecnologia wearable
- Monitorar a saúde, por meio do controle da frequência cardíaca, acompanhamento da qualidade do sono e contagem do número de passos, favorecendo a prática de atividades físicas.
- Facilitar a rotina, com o envio de mensagens, funções como alarme ou despertador. Também pode-se pensar na elaboração de lembretes ou mesmo com o registro de listas, assim como realização de ligações ou de consultas na internet, a partir de assistentes virtuais.
Alguns exemplos conhecidos de dispositivos wearable são o Apple Watch, lançado em 2015, e o Google Glass, apresentado pela primeira vez em 2012. Enquanto o primeiro projeto foi, e tem sido, um sucesso de vendas, os óculos inteligentes do Google ainda tentam ser aceitos pelo mercado.
É o desafio entre alinhar funções tecnológicas e recursos digitais (com um apelo estético que agrade ao público consumidor) que caracterizam o processo de maturação da tendência wearable.
Mas o que tem sido feito pela indústria têxtil neste sentido? Falaremos sobre isso a seguir!
Qual o impacto dos dispositivos vestíveis na indústria têxtil?
Como parte da Indústria 4.0, a Internet das Coisas (IoT) apresenta um potencial para múltiplos dispositivos interconectados, trocando informações em benefício do ser humano. A moda, por isso, não poderia ficar de fora.
De acordo com pesquisa do IDC, o segmento da tecnologia wearable movimentou 124.9 milhões de dólares em 2018, um aumento de 8,2% com relação ao ano anterior.
Por essa razão, a indústria têxtil está buscando soluções para alinhar a tendência da tecnologia wearable com o apelo estético que é tão forte na indústria fashion. Afinal, um vestível não deve ser apenas útil, ele precisa ser, também, bonito. Por isso, é um desafio para o setor alinhar os desejos do consumidor e do mercado com funções variadas.
Para o mercado fitness, por exemplo, os wearables representam um enorme potencial. Continue a leitura e entenda!
Dispositivos vestíveis e a prática de atividades físicas
A prática de atividades físicas e a busca por uma vida saudável podem encontrar suporte na tecnologia wearable. Já é possível adquirir roupas que contam com fones de ouvido acoplados (e a prova d’água), assim como braceletes diversos que realizam a medição da frequência cardíaca e do gasto calórico — o grande sucesso de vendas entre os gadgets vestíveis.
Além disso, calçados como o Nike Hyperdunk auxiliam no controle da eficácia de uma atividade física, ao registrar informações completas sobre a performance de jogos como o basquete. Dessa forma, a moda auxilia na coleta de dados — como um reflexo do Big Data, também parte da Indústria 4.0. Essas informações ajudam a potencializar os efeitos da rotina e da vida humana.
O que se espera da moda em relação à Indústria 4.0?
A 4ª revolução industrial está contribuindo para melhorias nos meios de produção, na automação e na forma de se fabricar roupas e tecidos, em benefício da produtividade e pela sustentabilidade. Contudo, para o ponto final da cadeia produtiva, o consumidor, os wearables são a integração total entre a tecnologia e o ser humano — e isso é fruto da Indústria 4.0.
Além de ser uma possibilidade que contribui para a coleta de dados, os wearables devem permitir uma experiência de vida mais ampla. É isso que se espera, por exemplo, da realidade virtual, o que já tem acontecido com óculos como o Gear VR.
De maneira mais simples e, por vezes, até mesmo imperceptível, pode-se pensar em roupas com rastreamento (ideal para o segmento infantil), assim como tecidos com nano tecnologia que podem se restaurar sozinhos, evitando estragos.
Marcas consagradas investem na tecnologia vestível
A moda do futuro já pode ser percebida desde hoje, quando marcas consagradas como a Hermès assinam parcerias com a Apple, para o desenvolvimento de pulseiras para o Watch.
Mas, apesar de estar significativamente interligado com os smartwatches, a tecnologia wearable vai muito além. A ideia de roupas funcionais é tentadora e caminha junto de um momento no qual o consumidor busca por ferramentas que ajudem a facilitar a rotina.
A tecnologia wearable tem potencial indiscutível. Até 2020, a CCS indica que o mercado deve ter um valor de 34 bilhões de dólares e um total de 411 milhões de tecnologias vestíveis em uso. Óculos, braceletes, calçados, relógios e fones de ouvidos já são aceitos pelo mercado, mas o desafio está na expansão para outras peças do guarda-roupa.
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