Como se preparar para retomada no setor têxtil em 20195 min read
No ano de 2018, a produção têxtil se retraiu em aproximadamente 3,7%. Essa baixa fez com que o último ano acabasse com uma queda de quase 2% de produção e faturamento nesse segmento. Entende-se que o principal fator para essa situação foi o aumento do número de exportações e a diminuição da taxa de importações. Entretanto, apesar da crise, as expectativas para a retomada no setor têxtil são altas.
Estima-se que, em 2019, o crescimento chegue a 3%, segundo os dados que a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) divulgou em dezembro do último ano. Uma das esperanças para impulsionar o serviço têxtil é a aprovação de reformas nos tributos e o equilíbrio das contas públicas.
A retomada do setor têxtil vai gerar uma maior oferta de empregos e diversos outros benefícios que impactam o país. Por isso, confira mais sobre as expectativas comerciais deste ano!
Época de retomada no setor têxtil
Como visto, a Abit vem projetando um crescimento de até 3% no volume de produção do conjunto industrial da cadeia têxtil. Em relação ao faturamento, a projeção é ainda maior, variando entre 7% e 7,5%. Enquanto que para o varejo, a estimativa de expansão é de 3,5% no volume de vendas, dentro do território brasileiro.
O crescimento pode parecer pequeno, porém, em comparação ao ano passado, o cenário de 2019 parece muito mais favorável para a lucratividade dos negócios e o crescimento de confecção e vendas. Além disso, a associação é otimista em relação à geração de emprego, prevendo que sejam criados cerca de 20 mil novos postos de trabalho ainda no ano vigente, começando a suprir as 27 mil vagas fechadas em 2018 por conta dessa ligeira crise.
Essa ascensão se dá devido à menor pressão colocada pelos custos de matéria-prima. Como a economia global enfraqueceu de modo geral, os produtos naturais usados para a confecção de peças prometem se encontrar em valores mais estáveis.
Um outro fator que levou à situação de 2018 foi o aumento de fibras sintéticas para a fabricação de roupas, calçados e acessórios. O mesmo ocorreu com o algodão. O problema é que os custos eram muito altos para que as empresas conseguissem arcar e, por consequência, muitas foram sacrificadas.
Isso também gerou impacto no preço dos insumos necessários para a confecção, como energia elétrica, maquinarias, materiais, entre vários outros detalhes que não podem faltar para a qualidade do produto vendido.
O que os dirigentes da Abit acreditam é que essas pressões não diminuirão. No entanto, o estresse será menor. O otimismo na economia será suficiente para impulsionar o setor têxtil a voltar para a sua posição de costume, aliviando os prejuízos que podem ser causados e, dessa forma, recompondo a margem de produção e venda.
Panorama do setor têxtil no Brasil
O setor têxtil fechou o ano de 2017 cheio de esperanças. Com um total de 42 bilhões de dólares de faturamento, o Brasil estava entre os 5 maiores produtores têxteis mundiais e fechou o ciclo de 365 dias de forma muito positiva. O ano seguinte prometia ser ainda melhor, com isso, as projeções aumentaram em alto nível. Foram quase 2 bilhões de capital investidos em tecnologias e meios otimizadores de produção, a fim de encerrar 2018 com 3 bilhões de dólares a mais que anteriormente.
No entanto, diversos fatores políticos e econômicos não colaboraram para esse êxito. Empreendedores se sentiram decepcionados com o PIB e essa queda acarretou mais atributos negativos para os negócios. Um exemplo foi o aumento do preço do combustível, que fez com que os caminhoneiros entrassem em greve como reivindicação — movimentação que trouxe inúmeros prejuízos a todas as partes envolvidas, e a área têxtil não ficou de fora.
Além disso, a insegurança política causada pelas eleições presidenciais teve influência no mercado. Durante a Copa do Mundo, o Brasil recebeu um pouco mais de crédito e visibilidade, embora o setor têxtil não tenha sido contemplado pela escolha do consumidor, que estava em busca de bens de consumo de maior valor.
Fatores globais que influenciaram as quedas anteriores
Não foram apenas as oscilações no mercado nacional que trouxeram efeitos negativos para o setor têxtil, mas também as relações globais. A começar pelo dólar, que cresceu cerca de 17% sobre o real, trazendo mais desvalorização para a moeda.
Além disso, os impactos dos conflitos comerciais entre a China e os Estados Unidos também afetaram o setor têxtil, principalmente pelo fato de exportarem algodão e serem um dos principais fornecedores de fibra sintética e corantes.
Embora alguns pontos negativos que ocasionaram a queda do setor têxtil em 2018 permaneçam interna e externamente, há um grande otimismo de crescimento do PIB para neste ano, com projeções de quase 3%. Além do mais, é prevista uma estabilidade do valor do dólar na faixa de R$ 3,80.
Outro fator que traz mais esperanças para as empresas têxteis e de vestuário é a promessa de reformas pelo governo. Caso elas avancem, o real tem grandes chances de ficar mais valorizado, otimizando as relações comerciais de importação e exportação.
Estima-se que os produtos importados tenham queda de 5,5% em 2019 e que as vendas no exterior aumentem em até 4%, o que representa um grande avanço em vista da queda de 1,2% em 2018. O novo ano ainda promete começar a recuperar o que foi perdido em postos de trabalho. Isso tem grandes impactos na economia nacional e, principalmente, na produtividade das indústrias.
Dessa forma, o esperado para a retomada no setor têxtil é o aumento do faturamento na faixa de 7%, considerando uma baixa inflação e uma boa evolução dos preços e da produção. Ainda mais se houver baixa pressão de custos, o que aumenta a rentabilidade das empresas, favorecendo a possibilidade de investimentos. Por esse motivo, vale a pena realizar um planejamento estratégico para recuperar a posição da sua empresa no mercado têxtil, aproveitando esse período de otimismo.
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