O cenário da produção de vestuário e o papel do Brasil no setor7 min read
O Brasil é um dos países que mais apresentaram evolução quando o assunto é desenvolvimento industrial. Por ser repleto de recursos naturais, matéria-prima é o que não falta nesse território, tornando-o uma grande nação exportadora de produtos e serviços. Por essa razão, diversos setores tiveram a oportunidade de se desenvolver, inclusive o de produção de vestuário.
Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores de itens de vestuário de todo o mundo. Por conta disso, vem sendo um dos locais mais procurados por investidores para fazer negócio.
Pensando nisso, reunimos algumas informações a fim de apresentar o potencial brasileiro no desenvolvimento da cadeia têxtil e os motivos pelos quais o país é um dos melhores lugares para se investir nesse setor. Quer saber mais? Então continue a leitura deste post!
O papel do Brasil no setor têxtil
A indústria têxtil brasileira é responsável pela produção de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de peças relacionadas ao segmento de tecidos, fios e afins. Com isso, cerca de 1,5 milhão de brasileiros são contratados e outros quase 8 milhões trabalham indiretamente na área.
Assim como faz parte da cultura brasileira o grande consumo de produtos têxteis, a produção também não fica para trás. Por conta de milhares de empresas oferecendo seu serviço, o país é mundialmente considerado o quarto maior produtor de malhas e peças de vestuário, quinto em consumo e, em relação à produção têxtil e de denim, ocupa também o quinto lugar.
Dessa maneira, acontece a importação de milhares de toneladas de materiais têxteis e a exportação de aproximadamente 20 mil toneladas. As regiões sul, sudeste e nordeste são as maiores responsáveis por esse grande número.
Apesar disso, uma enorme porcentagem de sua produção fica concentrada dentro do próprio território, pois diversas marcas estrangeiras passaram a investir na produção e comercialização de seus produtos dentro do Brasil, trazendo mais praticidade e qualidade para todo o processo.
A produção de vestuário no país
Ainda que o fim de 2018 tenha sido afetado por uma crise econômica no setor de produção têxtil devido a diversos fatores internos e externos, o cenário é otimista para a retomada do sucesso das fabricações e vendas dentro do país. Por essa razão, muitas empresas retornaram às suas atividades e estão conseguindo se recuperar dos danos.
Essa queda resultou em demissão de aproximadamente 27 mil trabalhadores. No entanto, a geração de empregos volta a crescer, com previsão de empregar até 20 mil pessoas, mostrando um grande avanço no retorno.
De toda a indústria têxtil brasileira, cerca de 80% é voltada para a confecção de peças de vestuário, cama, mesa e banho, além de acessórios como meias e lingeries. Seu maior diferencial é o uso de uma visão sistêmica de produção, apostando nas tecnologias para agilizar o processo de criação e no trabalho artesanal para garantir os melhores detalhes.
Além disso, a especialização vem apresentando grande crescimento. Com o surgimento de diversos cursos de graduação e pós-graduação, as pessoas estão procurando e investindo ainda mais nesse segmento para trabalhar, gerando muito mais qualidade nos serviços.
Os principais polos industriais brasileiros
Ainda que a indústria têxtil faça movimentar bilhões de reais na economia brasileira, ela ainda representa uma pequena porcentagem quando comparada com outros setores em desenvolvimento no Brasil, como o alimentício, automobilístico ou aqueles relacionados aos recursos naturais, como o petrolífero e extrativista.
Por essa razão, boa parte das indústrias de vestuário estão concentradas em poucas regiões do território nacional, como sudeste, sul e parte do nordeste. Nessas áreas, é possível encontrar o desenvolvimento de produtos que abastecem uma grande quantidade de lojas nacionais e, inclusive, internacionais. Confira, a seguir, os polos industriais brasileiros responsáveis pela produção têxtil:
Sudeste
Historicamente, essa é a região que mais recebeu incentivo econômico para o desenvolvimento industrial desde que a família real portuguesa chegou ao Brasil. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os mais lembrados quando o assunto é a comercialização e a confecção de artigos têxteis.
São Paulo, líder da região no quesito industrialização, tem a sua produção localizada na Região Metropolitana e de Campinas. O interior também atua bastante nesse segmento, mas representando apenas uma pequena porcentagem. Esse é um dos locais que mais atraem clientes e investidores de dentro e de fora do país.
Em Minas Gerais, os polos de moda ficam na capital, Belo Horizonte, e em cidades como Jacutinga, Divinópolis, Nova Serrana, São João Nepomuceno, Muriaé, entre várias outras. Enquanto que, no Rio de Janeiro, as cidades do Sul Fluminense, como Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis e, principalmente, a própria capital, comandam a produção industrial voltada para o setor de vestuário.
Sul
No sul, o estado do Paraná se destaca como um dos maiores polos de moda do Brasil. Sua especialidade é o jeans, que representa cerca de 70% do faturamento do setor têxtil.
As cidades mais conhecidas por levarem adiante a produção de roupas são Maringá e Cianorte — sendo que esta recebeu o título de capital do vestuário. Ambas apresentam estruturas para atender aos empreendedores e lojistas, além de promoverem periodicamente desfiles e diversos eventos para divulgar a sua produção.
Em Santa Catarina, as cidades que mais se destacam são Blumenau, Brusque e Jaraguá do Sul. O Vale do Itajaí representa 56,7% do setor. Blumenau é um dos principais polos da indústria têxtil, avançando junto com as mudanças do setor. Antigos teares foram substituídos, reduzindo custos e aumentando a produção e a qualidade do produto final.
Nordeste
A região nordestina não poderia ficar de fora dos principais polos têxteis do Brasil. Ainda que estejam se desenvolvendo à parte dos holofotes, as cidades do Agreste são algumas das que mais cresceram e se desenvolveram por meio da moda no país.
Seu maior diferencial é a distribuição de pontos, isso é, ela não se concentra em apenas poucas e grandes marcas, mas em pequenos produtores que, no fim das contas, estão em um alto número. Isso resulta em uma maior geração de emprego, de modo que boa parte da população de muitos municípios depende diretamente da indústria têxtil.
O crescimento econômico da indústria têxtil no Ceará pode ser bem representada em números: enquanto em 2018 o país recuava 4,5% em produção de insumo, o estado avançou 3% na cadeia de moda. Esse progresso é reflexo dos 610 milhões de peças confeccionadas no último ano, além das 183 mil toneladas de insumos recolhidas.
Tamanho crescimento tem origem na união entre governo, empresas e instituições de ensino, que viram na indústria têxtil um potencial para o desenvolvimento do Ceará. Os empresários cearenses, por sua vez, perceberam que deveriam investir em tecnologia e valor agregado, além de adaptar, no caso das confecções, os produtos ao estilo de corpo dos brasileiros.
Buscar informações confiáveis para compreender melhor o funcionamento da produção de vestuário dentro do Brasil é importante, principalmente para conhecer o grande potencial que o país tem nesse segmento, além de poder encontrar grandes chances de investimento. Essa estratégia foi utilizada por grandes marcas do mercado e, como resultado, um aumento de lucratividade, reconhecimento e visibilidade.
Gostou deste post? Ainda tem interesse em conhecer mais sobre o cenário têxtil do Brasil? Então, conheça as feiras e eventos que acontecerão neste ano e aproveite a oportunidade para fazer negócio!